ESPECIALISTA EM TRANSFORMAÇÃO ORGANIZACIONAL E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Felicidade

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por
Nágila Mendes

Passamos por situações que nos paralisam ou até por períodos em que nos sentimos paralisados por não saber o que fazer ou porque é mais fácil não fazer nada. A mente divaga, ficamos ansiosos, procrastinamos e vamos levando, porque não sentimos segurança para mudar a direção. Muitas vezes olhamos só para nós mesmos, buscando soluções, não dividimos nossas angústias com o outro. Ficamos guardando nosso sofrimento. Também podemos reagir levados pela necessidade de continuar se provando inesgotável, sempre a procura de uma próxima meta, uma biografia bem-sucedida como se isso te tornasse uma boa pessoa e te trouxesse a felicidade.

Esses momentos nos exigem uma tomada de decisão. Sentimos que precisamos mudar, racionalmente deveríamos mudar, mas não decidimos. As decisões podem exigir renúncias, te tiram do teu lugar seguro, tranquilo. Decidir mexe com a gente, não é tão fácil. Muitas pessoas não conseguem tomar decisões e passam até anos na mesma situação, mas sem a decisão de não ficar parado, permanecerão esperando algo acontecer. Já pensou como perdemos tempo com isso? Procrastinando decisões?  O quanto podemos estar vivendo algo que nos faz mal e não decidimos por mudar?

Do outro lado, temos dias que nos sentimos felizes. Tem dias mais felizes que outros. Já parou para pensar por que isso acontece? Quando você é mais feliz? Te dou a resposta: quando você se entrega. Tem dias que chegamos cansados do trabalho, mas felizes, porque sabemos que nos entregamos de coração e demos o nosso melhor. Quando estamos de férias, e fazemos longas caminhadas, ficamos até sem dormir, mas nos sentimos felizes e realizados. Quando passamos pela experiencia de ser mãe e temos o filho recém-nascido, passamos por muitas renúncias, noites sem dormir, mas nos sentimos felizes pela nossa entrega.  

Quanto mais nos entregamos, mas somos felizes. Jesus nos ensina também na bíblia em João capítulo 13 e reforça a importância de servir ao outro. Uma mãe serve ao filho assistência, no trabalho servimos o outro também. “Se compreenderes essas coisas, sereis felizes”. Jesus não fala que para ser feliz precisamos de saúde, dinheiro etc. Ele fala que se servimos, seremos felizes. Você sente que está se entregando de forma genuína? Decidindo por mudar, decidindo por não olhar só para si mesmo e passar a olhar para o que pode fazer para mudar o mundo ao redor? O quanto você já tem de bagagem e experiência que poderia ser utilizada em benefício da sua vida, mas principalmente da vida de outras pessoas? Podemos estar paralisados olhando para dentro da gente, ao invés de decidir deslanchar. Decidir ser feliz. Sua felicidade não está em um corpo escultural, em roupas caras, em viagens, no prazer, na comida ou nas férias. Está nas coisas simples. Na entrega cotidiana.

O segredo da felicidade está na entrega. No servir. Na prática genuína. Tem dias que me dedico ao trabalho, dou o meu melhor e nesses dias me sinto mais feliz. É importante entender o conceito de “dou o meu melhor” no sentido de se entregar sem esgotamento, sem passar dos seus próprios limites.  Nesses momentos penso mais no outro, saio do meu mundo, do meu egoísmo para me dedicar a melhorar a vida do outro. Ao final de uma sessão, de um feedback, sentimos a sensação do dever cumprido, de ter feito o bem ao outro, de contribuir com a sua evolução e aprendemos juntos também. 

Segundo Viktor Frankl, em seu livro “Em busca de sentido’’, o sentido da vida sempre se modifica, mas jamais deixa de existir. Podemos encontrar o nosso propósito de 3 formas: através do trabalho, tendo oportunidade de mudar a si mesmo para melhor, encontrando alguém (amor) ou pela atitude que tomamos em relação ao sofrimento inevitável (dor), transformando o sofrimento em uma conquista e realização humana. Nossa vida é transitória e isso é um incentivo para realizar ações responsáveis. 

Somos donos das nossas decisões diante de qualquer circunstância. Essas escolhas se estão alinhadas aos nossos valores nos deixam com sensação de bem-estar. Valorizamos o que nos ajuda a manter esse equilíbrio e por isso nossos valores ou comportamentos são o reflexo das nossas necessidades. Seja feliz, decida ser feliz. Como disse Nietzsche, quem tem por que viver, pode suportar qualquer como.

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“EU SOU CAPAZ DE CONTROLAR APENAS O QUE ESTOU CIENTE. AQUILO QUE EU NÃO TENHO CONHECIMENTO ME CONTROLA. A CONSCIÊNCIA ME CAPACITA.”

John Withmore